ACASALAMENTO
(Joésio Menezes)
A troca de olhares,
O sorriso,
A insinuação.
O aceno,
O consentimento,
A aproximação.
O abraço,
Os beijinhos,
O aperto de mão.
A conversa,
Os trejeitos,
A descontração.
O convite,
O acerto,
A confirmação.
O encontro,
Os afagos,
A iniciação.
Os arrepios,
O desejo,
O tesão.
A intimidade,
A entrega,
A copulação.
Os sussurros,
Os gemidos,
A explosão!...
"A poesia é mais fina e mais filosófica do que a história; porque a poesia expressa o universo, e a história somente o detalhe." (Aristóteles)
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
O LIVRO DA VIDA
(Natália Nuno)
Meu livro está coberto de pó
Caem folhas deste meu livro da vida
Pouco a pouco vou ficando mais só
No peito uma ferida
Que é página esquecida.
O amor era o pilar
Da nossa janela ensolarada
Adivinho o futuro encosto-a devagar
Sinto o calor do teu corpo daqui a nada.
Folheio e vou sonhando
Olho as sardinheiras floridas
E o livro vou folheando
É a minha vida inteira,
nestas folhas caídas.
Neste livro se lê
Que te amei de verdade
E ainda assim sem eu saber porquê!?
As folhas molho com lágrimas de saudade.
Perdi quase tudo até o medo de morrer
Este livro está velho como a vida
E hoje dou comigo a descrever
Memórias duma memória enlouquecida.
Guardei as folhas do fim
Vivo à espera do que há de chegar
Do abraço quando te chegas a mim
Do livro que há de acabar
Quando a vida de ti me afastar.
(Natália Nuno)
Meu livro está coberto de pó
Caem folhas deste meu livro da vida
Pouco a pouco vou ficando mais só
No peito uma ferida
Que é página esquecida.
O amor era o pilar
Da nossa janela ensolarada
Adivinho o futuro encosto-a devagar
Sinto o calor do teu corpo daqui a nada.
Folheio e vou sonhando
Olho as sardinheiras floridas
E o livro vou folheando
É a minha vida inteira,
nestas folhas caídas.
Neste livro se lê
Que te amei de verdade
E ainda assim sem eu saber porquê!?
As folhas molho com lágrimas de saudade.
Perdi quase tudo até o medo de morrer
Este livro está velho como a vida
E hoje dou comigo a descrever
Memórias duma memória enlouquecida.
Guardei as folhas do fim
Vivo à espera do que há de chegar
Do abraço quando te chegas a mim
Do livro que há de acabar
Quando a vida de ti me afastar.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
O SONETO
(Vivaldo Bernardes de Almeida)
São apenas quatorze os versos do soneto,
sacrário misterioso do mágico poeta
quando supera o músico e o seu minueto
e, do alto do soneto, vê a sua joia completa
garimpada no imo extremo do seu Cord,
relicário das mais profundas emoções,
condimento dosado em doridas poções
que nos fazem ouvir um mavioso acorde.
Do diminuto espaço, entornam grandes dores,
derrama-se a saudade, explode a paixão...
e dos olhos do poeta pingam os amores
perdidos nas entranhas do seu coração,
embora ainda exalem os mesmos odores
e o morno calor dum mui antigo vulcão.
(Vivaldo Bernardes de Almeida)
São apenas quatorze os versos do soneto,
sacrário misterioso do mágico poeta
quando supera o músico e o seu minueto
e, do alto do soneto, vê a sua joia completa
garimpada no imo extremo do seu Cord,
relicário das mais profundas emoções,
condimento dosado em doridas poções
que nos fazem ouvir um mavioso acorde.
Do diminuto espaço, entornam grandes dores,
derrama-se a saudade, explode a paixão...
e dos olhos do poeta pingam os amores
perdidos nas entranhas do seu coração,
embora ainda exalem os mesmos odores
e o morno calor dum mui antigo vulcão.
terça-feira, 26 de abril de 2011
CORPOS
(Expedito Gonçalves Dias)
Corpos sãos
são corpos que ardem,
que se entregam,
se esfregam,
se esfolam,
se falam,
se calam, às vezes...
Corpos são belos,
repletos de pelos,
ou retos e lisos.
Corpos, às vezes são meios,
às vezes são fim.
Há corpos que deslizam,
se afastam sem aviso.
Os que se rebaixam,
que se acham no fundo sem opção,
frutos do meio,
escravos,
infecundos,
opacos ou vazios,
simples aberração!
Há os concisos,
bravos senhores de si,
que se acham
'encorpados',
tão cheios,
descolados
e se encaixam,
tão free!..
que se esborracham!
Ah, há aqueles corpos sem pudor,
quentes, ardentes, no cio...
E aqueles gelados etéreos,
indiferentes e sem calor.
Há os esqueléticos
e os sarados.
Há os abertos,
escancarados,
e os corpos herméticos.
Também tem uns empinadinhos,
curvilíneos, atraentes;
e outros em desalinho.
Há corpos que brilham,
que ofuscam os demais,
os que se buscam,
que se aliam,
que se casam.
Os que se traem,
depois se reconciliam;
os enganados,
os que sabiam,
os de guerra e os de paz...
Há os que, como ímã, se atraem,
ou se repelem,
tão carentes...
Há corpos que se intrometem:
os que engrossam,
os que afinam;
os que molestam,
os que querem,
os que detestam.
E os que se submetem
aos que dominam.
Há ainda corpos que se somam,
que subtraem.
Corpos que se espalham,
extrapolam,
extravazam,
se retalham,
se metralham!
Corpos sãos se remetem!
Se desejam,
se beijam,
se completam...
Os outros, não são!
(Expedito Gonçalves Dias)
Corpos sãos
são corpos que ardem,
que se entregam,
se esfregam,
se esfolam,
se falam,
se calam, às vezes...
Corpos são belos,
repletos de pelos,
ou retos e lisos.
Corpos, às vezes são meios,
às vezes são fim.
Há corpos que deslizam,
se afastam sem aviso.
Os que se rebaixam,
que se acham no fundo sem opção,
frutos do meio,
escravos,
infecundos,
opacos ou vazios,
simples aberração!
Há os concisos,
bravos senhores de si,
que se acham
'encorpados',
tão cheios,
descolados
e se encaixam,
tão free!..
que se esborracham!
Ah, há aqueles corpos sem pudor,
quentes, ardentes, no cio...
E aqueles gelados etéreos,
indiferentes e sem calor.
Há os esqueléticos
e os sarados.
Há os abertos,
escancarados,
e os corpos herméticos.
Também tem uns empinadinhos,
curvilíneos, atraentes;
e outros em desalinho.
Há corpos que brilham,
que ofuscam os demais,
os que se buscam,
que se aliam,
que se casam.
Os que se traem,
depois se reconciliam;
os enganados,
os que sabiam,
os de guerra e os de paz...
Há os que, como ímã, se atraem,
ou se repelem,
tão carentes...
Há corpos que se intrometem:
os que engrossam,
os que afinam;
os que molestam,
os que querem,
os que detestam.
E os que se submetem
aos que dominam.
Há ainda corpos que se somam,
que subtraem.
Corpos que se espalham,
extrapolam,
extravazam,
se retalham,
se metralham!
Corpos sãos se remetem!
Se desejam,
se beijam,
se completam...
Os outros, não são!
domingo, 24 de abril de 2011
A POESIA DA PÁSCOA
(Gilberto Costa)
A poesia imergiu-se no pão.
Aninhou todos os seus versos
No coração dos cristãos
E se fez luz! E se fez vida!
E renovou suas almas na Messe!
E viu sua crença estendida!
E sentiu sua querência viva!
A poesia pediu para ser partida
- Um dia antes de sua partida –
E se deu aos seus leitores
Para neles ser promovida,
Aliviando suas dores,
Numa rima nunca sentida!
(Gilberto Costa)
A poesia imergiu-se no pão.
Aninhou todos os seus versos
No coração dos cristãos
E se fez luz! E se fez vida!
E renovou suas almas na Messe!
E viu sua crença estendida!
E sentiu sua querência viva!
A poesia pediu para ser partida
- Um dia antes de sua partida –
E se deu aos seus leitores
Para neles ser promovida,
Aliviando suas dores,
Numa rima nunca sentida!
Tenham todos uma FELIZ PÁSCOA!...
sábado, 23 de abril de 2011
MEU MUNDO
(Patrícia Ximenes)
Sabe o meu mundo?
Aquele que você
perfumou e enfeitou
com aroma e
centenas de margaridas?
Desabou.
Foi embora com você
e nem sequer
levou tudo consigo.
Deixou o cheiro,
o perfume de nós dois,
das margaridas
que hoje são
inodoras
e tem cor de aflição.
Sabe o meu mundo?
Não é mais meu...
Hoje procuro um lugar
para descansar o coração,
gastar o tempo e a razão
E assim
quem sabe
Construir um novo mundo
pra eu me encontrar.
Um lugar
onde ninguém mais
possa entrar e
ser dono.
E se por acaso
a entrada
eu permitir
e a saída não impedir,
que ao fechar
novamente a porta
Não leve consigo
o todo de mim.
(Patrícia Ximenes)
Sabe o meu mundo?
Aquele que você
perfumou e enfeitou
com aroma e
centenas de margaridas?
Desabou.
Foi embora com você
e nem sequer
levou tudo consigo.
Deixou o cheiro,
o perfume de nós dois,
das margaridas
que hoje são
inodoras
e tem cor de aflição.
Sabe o meu mundo?
Não é mais meu...
Hoje procuro um lugar
para descansar o coração,
gastar o tempo e a razão
E assim
quem sabe
Construir um novo mundo
pra eu me encontrar.
Um lugar
onde ninguém mais
possa entrar e
ser dono.
E se por acaso
a entrada
eu permitir
e a saída não impedir,
que ao fechar
novamente a porta
Não leve consigo
o todo de mim.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
PAIXÃO DE CRISTO
(Edson Satler)
Lembrai-vos, meu povo, de mim!
Eu que fui crucificado em vosso lugar
Eu que agonizei para todos meu Pai perdoar
Com meu sangue lavei o chão
Onde vocês pisam.
Com a minha morte
Levei todos a mesa de meu Pai
Trouxe a vida ao homem
Ao ressuscitar.
Trouxe a salvação
E a chance de uma nova vida
Sem pecados.
E o que eu vejo hoje
O mundo está sujo
Meu Pai esta à mesa, sozinho.
Veja a discórdia entre os homens
As ruas manchadas não por meu sangue
Mas, pelo sangue de meu povo.
Queria os homens de joelhos
Muitos querem o meu lugar
Decidem sobre a vida e a morte
Em seus gabinetes se esquecem
Que a ira de meu Pai
É mais que qualquer bomba atônica
Crianças agonizam pedem comida
E os homens constroem foguetes
E acham que podem dominar o espaço
Antes deveriam se preocupar com a Terra
Que pede socorro através de seus rios
Através dos furações que devassam tudo
Meu Pai esta perdendo a paciência
Não queiram vê-lo nervoso
O mundo não passa de um grão de areia
Infinito é o amor de Deus
Vê tudo com olhos de Pai
E acredita que o ser humano tem conserto.
Sexta feira Santa
Paixão de Cristo
Eu só peço lembrem-se que existo
Lembrem-se das minhas ultimas palavras
Perdoe Pai eles não sabem o que fazem...
Aquela minha imagem na cruz
Com os braços abertos
Abraçando o mundo
Rogando, pedindo,
A salvação...
Sei que muitos de vós
Estão de joelhos, orando...
Mas, não apenas por eles eu peço...
(Edson Satler)
Lembrai-vos, meu povo, de mim!
Eu que fui crucificado em vosso lugar
Eu que agonizei para todos meu Pai perdoar
Com meu sangue lavei o chão
Onde vocês pisam.
Com a minha morte
Levei todos a mesa de meu Pai
Trouxe a vida ao homem
Ao ressuscitar.
Trouxe a salvação
E a chance de uma nova vida
Sem pecados.
E o que eu vejo hoje
O mundo está sujo
Meu Pai esta à mesa, sozinho.
Veja a discórdia entre os homens
As ruas manchadas não por meu sangue
Mas, pelo sangue de meu povo.
Queria os homens de joelhos
Muitos querem o meu lugar
Decidem sobre a vida e a morte
Em seus gabinetes se esquecem
Que a ira de meu Pai
É mais que qualquer bomba atônica
Crianças agonizam pedem comida
E os homens constroem foguetes
E acham que podem dominar o espaço
Antes deveriam se preocupar com a Terra
Que pede socorro através de seus rios
Através dos furações que devassam tudo
Meu Pai esta perdendo a paciência
Não queiram vê-lo nervoso
O mundo não passa de um grão de areia
Infinito é o amor de Deus
Vê tudo com olhos de Pai
E acredita que o ser humano tem conserto.
Sexta feira Santa
Paixão de Cristo
Eu só peço lembrem-se que existo
Lembrem-se das minhas ultimas palavras
Perdoe Pai eles não sabem o que fazem...
Aquela minha imagem na cruz
Com os braços abertos
Abraçando o mundo
Rogando, pedindo,
A salvação...
Sei que muitos de vós
Estão de joelhos, orando...
Mas, não apenas por eles eu peço...
domingo, 17 de abril de 2011
PRESSÁGIO
(Fernando Pessoa)
O amor quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
(Fernando Pessoa)
O amor quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
sexta-feira, 15 de abril de 2011
AVISO DA LUA QUE MENSTRUA
(Elisa Lucinda)
Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela
com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço, às vezes parece erva,
parece hera.cuidado com essa gente que gera,
essa gente que se metamorfoseia:
metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidade
e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar,
mas é outro lugar, aí é que está:
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita!...
Sua boca maldita não sabe
que cada palavra é ingrediente
que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
transforma fato em elemento,
a tudo refoga, ferve, frita...
ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado, moço, quando cê pensa que escapou,
é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
é que tô falando na "vera". Conheço cada uma,
além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela delicada força
quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
ou sem os devidos cortejos...
Às vezes, pela ponte de um beijo
já se alcança a "cidade secreta",
a Atlântida perdida.
Outras vezes, várias metidas
e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter
uma cobra entre as pernas
cai na condição de ser displicente
diante da própria serpente.
Ela é uma cobra de avental. Não despreze
a meditação doméstica.
É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofia
cozinhando, costurando... e você
chega com a mão no bolso,
julgando a arte do almoço:
Eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado,
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir...
então esquece de morder devagar,
esquece de saber curtir, dividir...
E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer,
e não se queixe:
VACA é sua mãe. De leite...
Vaca e galinha... ora, não ofende.
Enaltece, elogia:
comparando rainha com rainha,
óvulo, ovo e leite,
pensando que está agredindo.
que está falando palavrão imundo.
Está não, homem!... Está citando
o princípio do mundo!...
(Elisa Lucinda)
Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela
com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço, às vezes parece erva,
parece hera.cuidado com essa gente que gera,
essa gente que se metamorfoseia:
metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidade
e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar,
mas é outro lugar, aí é que está:
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita!...
Sua boca maldita não sabe
que cada palavra é ingrediente
que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
transforma fato em elemento,
a tudo refoga, ferve, frita...
ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado, moço, quando cê pensa que escapou,
é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
é que tô falando na "vera". Conheço cada uma,
além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela delicada força
quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
ou sem os devidos cortejos...
Às vezes, pela ponte de um beijo
já se alcança a "cidade secreta",
a Atlântida perdida.
Outras vezes, várias metidas
e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter
uma cobra entre as pernas
cai na condição de ser displicente
diante da própria serpente.
Ela é uma cobra de avental. Não despreze
a meditação doméstica.
É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofia
cozinhando, costurando... e você
chega com a mão no bolso,
julgando a arte do almoço:
Eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado,
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir...
então esquece de morder devagar,
esquece de saber curtir, dividir...
E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer,
e não se queixe:
VACA é sua mãe. De leite...
Vaca e galinha... ora, não ofende.
Enaltece, elogia:
comparando rainha com rainha,
óvulo, ovo e leite,
pensando que está agredindo.
que está falando palavrão imundo.
Está não, homem!... Está citando
o princípio do mundo!...
segunda-feira, 11 de abril de 2011
UM OLHAR SUPERLATIVO
(Elcio Tuiribepi e Edu Toribe)
Fico a me indagar
Porque me fitas desse jeito
Com esse olhar superlativo
E não raro, sente-me assim
Inusitadamente aumentativo
Macro gente, macro alma
Com uma gentura que acalma
Por isso gigantesco mesmo
É a amplidão do teu olhar
Tanto que me vê assim
Muito além das paisagens
Muito mais além de mim
Muito mais além enfim
Do que realmente sou
Já que possuo apenas
Um olhar enternecido
Um sentir mais aguçado
E um perceber quase sem fim
De tanto mais amadurado
Que vê, sente e traduz
Inexprimível e emocionado
O que tantos outros olhos
Sem querer não podem ver
Sendo assim, aceito-me
Só por alguns instantes
Ser o reflexo do seu olhar
Esse que dilata sem limites
E me amplia sem fronteiras
Tão além, tão mais extenso
Tão além, tão mais imenso
Dando-me a chance também
Não somente, acredite
De sobremaneira te alcançar
Por isso incontido
Te concedo mil afetos
Amanheço em teus olhos
E feito sol, feito mormaço
Te aqueço em meus braços
Até que te beijo, te abraço
E feito fita, feito laço
Te enfeito, te enlaço
Tua vida, tua lida
Minha alma, teu regaço
(Elcio Tuiribepi e Edu Toribe)
Fico a me indagar
Porque me fitas desse jeito
Com esse olhar superlativo
E não raro, sente-me assim
Inusitadamente aumentativo
Macro gente, macro alma
Com uma gentura que acalma
Por isso gigantesco mesmo
É a amplidão do teu olhar
Tanto que me vê assim
Muito além das paisagens
Muito mais além de mim
Muito mais além enfim
Do que realmente sou
Já que possuo apenas
Um olhar enternecido
Um sentir mais aguçado
E um perceber quase sem fim
De tanto mais amadurado
Que vê, sente e traduz
Inexprimível e emocionado
O que tantos outros olhos
Sem querer não podem ver
Sendo assim, aceito-me
Só por alguns instantes
Ser o reflexo do seu olhar
Esse que dilata sem limites
E me amplia sem fronteiras
Tão além, tão mais extenso
Tão além, tão mais imenso
Dando-me a chance também
Não somente, acredite
De sobremaneira te alcançar
Por isso incontido
Te concedo mil afetos
Amanheço em teus olhos
E feito sol, feito mormaço
Te aqueço em meus braços
Até que te beijo, te abraço
E feito fita, feito laço
Te enfeito, te enlaço
Tua vida, tua lida
Minha alma, teu regaço
sexta-feira, 8 de abril de 2011
CABOCA GOYÁ
(Lília Diniz)
Perdida nas sombras tortas
do cerrado,
catando gravetos,
folhas secas,
flores murchas,
um resto qualquer
de cigarra morta
que negue essa aldeia
a pulsar ancestralmente
na batida do meu peito.
Goyá! Goyá! Goyá!
Goyá! Goyá! Goyá!
Goyá! Goyá! Goyá!
Buscando uma erva
que cure de vez
a dor da ausência
das fogueiras que jamais
me esquentaram os pés.
Goyááááááááááááá!
Sugando o encarnado
das caliandras
para tingir meu sangue
de outro vermelho
mais luz
menos dor
mais planta
menos eu
Goyá!
(Lília Diniz)
Perdida nas sombras tortas
do cerrado,
catando gravetos,
folhas secas,
flores murchas,
um resto qualquer
de cigarra morta
que negue essa aldeia
a pulsar ancestralmente
na batida do meu peito.
Goyá! Goyá! Goyá!
Goyá! Goyá! Goyá!
Goyá! Goyá! Goyá!
Buscando uma erva
que cure de vez
a dor da ausência
das fogueiras que jamais
me esquentaram os pés.
Goyááááááááááááá!
Sugando o encarnado
das caliandras
para tingir meu sangue
de outro vermelho
mais luz
menos dor
mais planta
menos eu
Goyá!
quinta-feira, 7 de abril de 2011
ATO OU EFEITO DE JOÉSIO
(Patrícia Ximenes)
Pensamentos livres, ‘constantemente’
Relatados assim, ‘nas asas da poesia’
‘Fragmentos de mim’, versos lindos
Numa ‘alma apaixonada’, simpatia.
É assim que transformo simples dias
Em ‘um dedo de prosa’ a cada amanhecer
Respirar poesia numa ‘doce monotonia’
Aguçando inspiração para escrever.
Em Planaltina, um poeta me encanta
Descreve o amor em ilustres palavras
Na ‘corda bamba’, em diversas andanças
‘Felicidade’ revela-se e cria asas.
Joésio Menezes, ‘Tu és’ um artista
Descobridor de únicas, ímpares rimas
‘Jardineiro Sonhador, a todos cativa
O ‘Benfeitor No Mundo da Fantasia’.
(Patrícia Ximenes)
Pensamentos livres, ‘constantemente’
Relatados assim, ‘nas asas da poesia’
‘Fragmentos de mim’, versos lindos
Numa ‘alma apaixonada’, simpatia.
É assim que transformo simples dias
Em ‘um dedo de prosa’ a cada amanhecer
Respirar poesia numa ‘doce monotonia’
Aguçando inspiração para escrever.
Em Planaltina, um poeta me encanta
Descreve o amor em ilustres palavras
Na ‘corda bamba’, em diversas andanças
‘Felicidade’ revela-se e cria asas.
Joésio Menezes, ‘Tu és’ um artista
Descobridor de únicas, ímpares rimas
‘Jardineiro Sonhador, a todos cativa
O ‘Benfeitor No Mundo da Fantasia’.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
O HOMEM E A MULHER
(Victor Hugo)
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher , o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração.
O cérebro produz a luz; o coração o amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o gênio; a mulher é o anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória promove a grandeza; a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência.
A supremacia significa força;
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence; as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio purifica.
O homem é o código; a mulher, o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é o templo; a mulher, um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos;
Ante o sacrário, ajoelhamo-nos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter uma larva no cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que o embeleza;
O lago tem a poesia que o deslumbra.
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal: a consciência;
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O fanal guia; a esperança salva.
Enfim...
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu...
(Victor Hugo)
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher , o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração.
O cérebro produz a luz; o coração o amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o gênio; a mulher é o anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória promove a grandeza; a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência.
A supremacia significa força;
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence; as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio purifica.
O homem é o código; a mulher, o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é o templo; a mulher, um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos;
Ante o sacrário, ajoelhamo-nos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter uma larva no cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que o embeleza;
O lago tem a poesia que o deslumbra.
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal: a consciência;
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O fanal guia; a esperança salva.
Enfim...
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu...
terça-feira, 5 de abril de 2011
O MUNDO DO SERTÃO
(Ariano Suassuna)
Diante de mim, as malhas amarelas
do mundo, Onça castanha e destemida.
No campo rubro, a Asma azul da vida
à cruz do Azul, o Mal se desmantela.
Mas a Prata sem sol destas moedas
perturba a Cruz e as Rosas mal perdidas;
e a Marca negra esquerda inesquecida
corta a Prata das folhas e fivelas.
E enquanto o Fogo clama a Pedra rija,
que até o fim, serei desnorteado,
que até no Pardo o cego desespera,
o Cavalo castanho, na cornija,
tenha alçar-se, nas asas, ao Sagrado,
ladrando entre as Esfinges e a Pantera.
(Ariano Suassuna)
Diante de mim, as malhas amarelas
do mundo, Onça castanha e destemida.
No campo rubro, a Asma azul da vida
à cruz do Azul, o Mal se desmantela.
Mas a Prata sem sol destas moedas
perturba a Cruz e as Rosas mal perdidas;
e a Marca negra esquerda inesquecida
corta a Prata das folhas e fivelas.
E enquanto o Fogo clama a Pedra rija,
que até o fim, serei desnorteado,
que até no Pardo o cego desespera,
o Cavalo castanho, na cornija,
tenha alçar-se, nas asas, ao Sagrado,
ladrando entre as Esfinges e a Pantera.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
DEGREDO
(Pedro Homem de Melo)
Naquele branco navio
Que ao longe parece fumo,
Que as ondas do mar salgado
Parecem deixar sem rumo,
Sou eu quem vai embarcado,
Província! minha província
Como agora me lembrais!
Cheiro da terra molhada
Resina dos pinheirais!
Província! Minha província!
Arga! Bonança! Peneda!
Formariz e Portuzelo!
Abelheira e Pomarchão!
Ai Ponte de Mantelais!
Aldeia de Verdoejo!
Ai S. Miguel de Frontoura!
Friestas! Paçô! Venade!
Vilar de Moiros! Carreço!
Santa Cristina de Afife!
E lá no fundo Cabanas...
Rio Minho! Rio Coura!
Rio de Ponte do Lima!
Rio de Ponte da Barca!
(O mar começa em Vi-Ana...)
Ai! a Torre de Quintela
Mai-la da Glória! Bretiandos!
Ai o paço do Cardido!
Nossa Senhora de Aurora!
Alminhas de Além da Ponte!
Ai Cruzeiro da Matança!
Ai! as árvores da Gelfa!
Bruxarias e ladrões...
Certa mão branca nos muros...
Vozes na casa deserta...
Ai! o vento! A noite! o medo!
E a madrugada! E os poentes?
E as rusgas? E as romarias?
Mocidade! Mocidade!
Capelinha de S. Bento!
Carreirnhos ao luar...
(Por quantos deles não vão
Os homens à perdição
Que logo à morte vai dar?)
Ai! leiras de milho alto!
Videiras! Ai videirinhas!
Canções na pisa do vinho!
Toadilhas de aboiar!
Esfolhadas! Esfolhadas!
Ai! bailaricos na praia
Pelas cortas do argaço!
Tiranas1 Viras e gotas!
Verde Gaio! Verde Gaio!
Minha vila bréjeira!
Minha harmónica tombada!
Como agora me lembrais!
E aquele pinheiro manso
Ao dar a volta da estrada?
E aqueles beijos contados
Nos dedos daquela mão?
E as ondas do mar baloiçam
Já não sei que embarcação...
E aquele branco navio
Que ao longe parece fumo,
Que as ondas do mar salgado
Parecem deixar sem rumo,
(Aquele branco navio!)
É vida humana. Pecado
Maior do que o mar salgado.
Que o mar, sem ele, é vazio!
(Pedro Homem de Melo)
Naquele branco navio
Que ao longe parece fumo,
Que as ondas do mar salgado
Parecem deixar sem rumo,
Sou eu quem vai embarcado,
Província! minha província
Como agora me lembrais!
Cheiro da terra molhada
Resina dos pinheirais!
Província! Minha província!
Arga! Bonança! Peneda!
Formariz e Portuzelo!
Abelheira e Pomarchão!
Ai Ponte de Mantelais!
Aldeia de Verdoejo!
Ai S. Miguel de Frontoura!
Friestas! Paçô! Venade!
Vilar de Moiros! Carreço!
Santa Cristina de Afife!
E lá no fundo Cabanas...
Rio Minho! Rio Coura!
Rio de Ponte do Lima!
Rio de Ponte da Barca!
(O mar começa em Vi-Ana...)
Ai! a Torre de Quintela
Mai-la da Glória! Bretiandos!
Ai o paço do Cardido!
Nossa Senhora de Aurora!
Alminhas de Além da Ponte!
Ai Cruzeiro da Matança!
Ai! as árvores da Gelfa!
Bruxarias e ladrões...
Certa mão branca nos muros...
Vozes na casa deserta...
Ai! o vento! A noite! o medo!
E a madrugada! E os poentes?
E as rusgas? E as romarias?
Mocidade! Mocidade!
Capelinha de S. Bento!
Carreirnhos ao luar...
(Por quantos deles não vão
Os homens à perdição
Que logo à morte vai dar?)
Ai! leiras de milho alto!
Videiras! Ai videirinhas!
Canções na pisa do vinho!
Toadilhas de aboiar!
Esfolhadas! Esfolhadas!
Ai! bailaricos na praia
Pelas cortas do argaço!
Tiranas1 Viras e gotas!
Verde Gaio! Verde Gaio!
Minha vila bréjeira!
Minha harmónica tombada!
Como agora me lembrais!
E aquele pinheiro manso
Ao dar a volta da estrada?
E aqueles beijos contados
Nos dedos daquela mão?
E as ondas do mar baloiçam
Já não sei que embarcação...
E aquele branco navio
Que ao longe parece fumo,
Que as ondas do mar salgado
Parecem deixar sem rumo,
(Aquele branco navio!)
É vida humana. Pecado
Maior do que o mar salgado.
Que o mar, sem ele, é vazio!
sábado, 2 de abril de 2011
A FLOR ESCOLHIDA
(Geralda Vieira)
Era uma flor em desatino,
Pois caiu do galho em que morava
E saiu rolando com o vento
Sem saber qual destino tomava.
Perdeu-se do galho onde cresceu,
E sem saber para onde o vento a levava,
Lembrou-se dos olhares apaixonados
Que a sua beleza tanto encantava.
Mas ela não deixou que fosse interrompida
A vida que por Deus lhe fora doada.
Lutou contra a força do destino
Que a levava ao desatino,
Mesmo sendo ela a flor escolhida
Dos beija-flores em revoada.
Mas ela viu que nem tudo estava acabado
Só porque não estava onde queria ficar.
Viu que a vida nos reserva surpresas,
Por isso, não devemos nos desesperar.
Era ela a flor por Deus escolhida
Para nossas vidas enfeitar.
(Geralda Vieira)
Era uma flor em desatino,
Pois caiu do galho em que morava
E saiu rolando com o vento
Sem saber qual destino tomava.
Perdeu-se do galho onde cresceu,
E sem saber para onde o vento a levava,
Lembrou-se dos olhares apaixonados
Que a sua beleza tanto encantava.
Mas ela não deixou que fosse interrompida
A vida que por Deus lhe fora doada.
Lutou contra a força do destino
Que a levava ao desatino,
Mesmo sendo ela a flor escolhida
Dos beija-flores em revoada.
Mas ela viu que nem tudo estava acabado
Só porque não estava onde queria ficar.
Viu que a vida nos reserva surpresas,
Por isso, não devemos nos desesperar.
Era ela a flor por Deus escolhida
Para nossas vidas enfeitar.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
BIG BROTHER BRASIL
(Antonio Barreto)
Ver o BBB todo dia
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão fuleiro
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, zé-ninguém
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme armadilha.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal,
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dá muito duro, anda rouco,
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério, não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo,
"professor" Pedro Bial:
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos belos na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos emburrecer
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto à poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês, caros irmãos,
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga animal!
(Antonio Barreto)
Ver o BBB todo dia
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão fuleiro
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, zé-ninguém
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme armadilha.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal,
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dá muito duro, anda rouco,
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério, não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo,
"professor" Pedro Bial:
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos belos na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos emburrecer
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto à poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês, caros irmãos,
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga animal!
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