sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ATOBÁ
(José Geraldo Pires de Melo)

Da janela, acompanho
A grande agilidade
Das asas experientes,
Riscando e espaço
Nas mil acrobacias
De um balé majestoso!
Em cima,
O céu sem rumo;
Embaixo,
O mar tranquilo,
Que levemente
O vento ondula.
Atraídos
Pelos peixes incautos,
Os atobás
São setas pontiagudas
Por si mesmas
Disparadas,
Que, em certeiros mergulhos,
Sob as águas,
Encontram seu sustento.

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