quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

RIO
(Daniel Conrade)

Além das lentes,
além dos olhos,
além da mente,
além da curva adjacente.

Ser um rio,
ser chuva,
ser peixe,
ser mar
e ser nascente.

É um fio,
é corda,
é feixe,
é vento,
é folha
e é corrente.

É um raio,
é a esfera.
É seixo,
é areia,
é terra
e é semente.

Se eu me perdi à margem,
é porque precisava de ar.
Estar perto de si, longe de ser
um náufrago esperando alguém voltar.

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