terça-feira, 4 de janeiro de 2011

POEMA ABANDONADO
(Júlio César Costa)

Um poema abandonado
Numa página qualquer
Nunca d´ antes então lembrado
Como um velho bem-me-quer.

Um poema enclausurado
Em sua linha diacrônica.
Tanto tempo ali parado,
Sua cegueira já é crônica.


Rasgue o lacre, grite o verso
Que o poema transcendeu.
Esse sonho é tão perverso...

Foi você quem concebeu
Malfadado beijo inverso,
O poema aconteceu.

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