À NOITE
(Bianca Jardim)
Quando a noite vem
E surge a Lua no céu,
Sinto saudades do meu bem
E dos seus lábios de mel.
A saudade que bate em mim
Quando a noite chega,
Parece não ter mais fim
E em meu peito se aconchega.
Mas, quando chegar a aurora
E no céu o Sol brilhar,
Sei que é chegada a hora
De ver meu bem voltar...
"A poesia é mais fina e mais filosófica do que a história; porque a poesia expressa o universo, e a história somente o detalhe." (Aristóteles)
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
A ESCOLHA DE UM AMIGO
(Oscar Wilde)
Escolho meus amigos não pela pele
ou outro arquétipo qualquer,
mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador
e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito
nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim
louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias
e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero-os santos, para que não duvidem
das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada
e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo,
quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim:
metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis
nem choros piedosos.
Quero amigos sérios,
daqueles que fazem da realidade
sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios,
crianças e velhos, nunca me esquecerei
de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
(Oscar Wilde)
Escolho meus amigos não pela pele
ou outro arquétipo qualquer,
mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador
e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito
nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim
louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias
e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero-os santos, para que não duvidem
das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada
e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo,
quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim:
metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis
nem choros piedosos.
Quero amigos sérios,
daqueles que fazem da realidade
sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios,
crianças e velhos, nunca me esquecerei
de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
BALADA DO ESPLANADA
(Oswald de Andrade)
Ontem à noite
Eu procurei
Ver se aprendia
Como é que se fazia
Uma balada
Antes de ir
Pro meu hotel.
É que este
Coração
Já se cansou
De viver só
E quer então
Morar contigo
No Esplanada.
Eu queria
Poder
Encher
Este papel
De versos lindos
É tão distinto
Ser menestrel
No futuro
As gerações
Que passariam
Diriam
É o hotel
É o hotel
Do menestrel
Pra me inspirar
Abro a janela
Como um jornal
Vou fazer
A balada
Do Esplanada
E ficar sendo
O menestrel
De meu hotel
Mas não há poesia
Num hotel
Mesmo sendo
'Splanada
Ou Grand-Hotel
Há poesia
Na dor
Na flor
No beija-flor
No elevador
(Oswald de Andrade)
Ontem à noite
Eu procurei
Ver se aprendia
Como é que se fazia
Uma balada
Antes de ir
Pro meu hotel.
É que este
Coração
Já se cansou
De viver só
E quer então
Morar contigo
No Esplanada.
Eu queria
Poder
Encher
Este papel
De versos lindos
É tão distinto
Ser menestrel
No futuro
As gerações
Que passariam
Diriam
É o hotel
É o hotel
Do menestrel
Pra me inspirar
Abro a janela
Como um jornal
Vou fazer
A balada
Do Esplanada
E ficar sendo
O menestrel
De meu hotel
Mas não há poesia
Num hotel
Mesmo sendo
'Splanada
Ou Grand-Hotel
Há poesia
Na dor
Na flor
No beija-flor
No elevador
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
POEMA
(Cazuza)
Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa prá um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
° Que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio,
Mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás
(Cazuza)
Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa prá um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
° Que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio,
Mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás
domingo, 23 de janeiro de 2011
DINHEIRO
(Álvares de Azevedo)
Sem ele não há cova- quem enterra
Assim grátis, a Deo? O batizado
Também custa dinheiro. Quem namora
Sem pagar as pratinhas ao Mercúrio?
Demais, as Dânaes também o adoram...
Quem imprime seus versos, quem passeia,
Quem sobe a Deputado, até Ministro,
Quem é mesmo Eleitor, embora sábio,
Embora gênio, talentosa fronte,
Alma Romana, se não tem dinheiro?
Fora a canalha de vazios bolsos!
O mundo é para todos... Certamente
Assim o disse Deus mas esse texto
Explica-se melhor e doutro modo...
Houve um erro de imprensa no Evangelho:
O mundo é um festim, concordo nisso,
Mas não entra ninguém sem ter as louras.
(Álvares de Azevedo)
Sem ele não há cova- quem enterra
Assim grátis, a Deo? O batizado
Também custa dinheiro. Quem namora
Sem pagar as pratinhas ao Mercúrio?
Demais, as Dânaes também o adoram...
Quem imprime seus versos, quem passeia,
Quem sobe a Deputado, até Ministro,
Quem é mesmo Eleitor, embora sábio,
Embora gênio, talentosa fronte,
Alma Romana, se não tem dinheiro?
Fora a canalha de vazios bolsos!
O mundo é para todos... Certamente
Assim o disse Deus mas esse texto
Explica-se melhor e doutro modo...
Houve um erro de imprensa no Evangelho:
O mundo é um festim, concordo nisso,
Mas não entra ninguém sem ter as louras.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
O POETA E O ESCRAVO DE TERNO
(Vanilson Reis)
Cada dia que passa
Eu na praça sem graça
Mais uma decepção
Como sombra e colírio,
Mas eu rio e choro
Feito engenho de cana.
Sempre haverá palhaçada
Entre a plebe e a corte
Para a funilação do gosto
E o aproveitamento da saliva.
O povo me assiste
Eu platéia e ele artista.
Veja! O povo sério
Em minha frente, hoje...
Parece um sonho esse dia,
Mas democracia é isso:
A grama e pedregulho,
Na mesma vasilha de lixo.
Aqui está o memorando
De minha fiel desistência,
Não tem valor jurídico nenhum
É apenas um documento amarelado
Surgido na alma e no brilho dos olhos
Eu sou um poeta, e Vossa Excelência
Um homem escravo do terno.
(Vanilson Reis)
Cada dia que passa
Eu na praça sem graça
Mais uma decepção
Como sombra e colírio,
Mas eu rio e choro
Feito engenho de cana.
Sempre haverá palhaçada
Entre a plebe e a corte
Para a funilação do gosto
E o aproveitamento da saliva.
O povo me assiste
Eu platéia e ele artista.
Veja! O povo sério
Em minha frente, hoje...
Parece um sonho esse dia,
Mas democracia é isso:
A grama e pedregulho,
Na mesma vasilha de lixo.
Aqui está o memorando
De minha fiel desistência,
Não tem valor jurídico nenhum
É apenas um documento amarelado
Surgido na alma e no brilho dos olhos
Eu sou um poeta, e Vossa Excelência
Um homem escravo do terno.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
DEDICATÓRIA
(J.G. de Araújo Jorge)
Este meu livro é todo teu, repara
que ele traduz em sua humilde glória
verso por verso, a estranha trajetória
desta nossa afeição ciumenta e rara!
Beijos! Saudades! Sonhos! Nem notara
tanta cousa afinal na nossa história...
E este verso – é a feliz dedicatória...
onde a minha alma inteira se declara...
Abre este livro... E encontrarás então
teu coração, de amor, rindo e cantando,
cantando e rindo com o meu coração...
E se o leres mais alto, quando a sós,
é como se estivesses me escutando
falar de amor com a tua própria voz!
(J.G. de Araújo Jorge)
Este meu livro é todo teu, repara
que ele traduz em sua humilde glória
verso por verso, a estranha trajetória
desta nossa afeição ciumenta e rara!
Beijos! Saudades! Sonhos! Nem notara
tanta cousa afinal na nossa história...
E este verso – é a feliz dedicatória...
onde a minha alma inteira se declara...
Abre este livro... E encontrarás então
teu coração, de amor, rindo e cantando,
cantando e rindo com o meu coração...
E se o leres mais alto, quando a sós,
é como se estivesses me escutando
falar de amor com a tua própria voz!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
SONETO DA SAUDADE
(Guimarães Rosa)
Quando sentires a saudade retroar
Fecha os teus olhos e verás o meu sorriso.
E ternamente te direi a sussurrar:
O nosso amor a cada instante está mais vivo!
Quem sabe ainda vibrará em teus ouvidos
Uma voz macia a recitar muitos poemas...
E a te expressar que este amor em nós ungindo
Suportará toda distância sem problemas...
Quiçá, teus lábios sentirão um beijo leve
Como uma pluma a flutuar por sobre a neve,
Como uma gota de orvalho indo ao chão.
Lembrar-te-ás toda ternura que expressamos,
Sempre que juntos, a emoção que partilhamos...
Nem a distância apaga a chama da paixão.
(Guimarães Rosa)
Quando sentires a saudade retroar
Fecha os teus olhos e verás o meu sorriso.
E ternamente te direi a sussurrar:
O nosso amor a cada instante está mais vivo!
Quem sabe ainda vibrará em teus ouvidos
Uma voz macia a recitar muitos poemas...
E a te expressar que este amor em nós ungindo
Suportará toda distância sem problemas...
Quiçá, teus lábios sentirão um beijo leve
Como uma pluma a flutuar por sobre a neve,
Como uma gota de orvalho indo ao chão.
Lembrar-te-ás toda ternura que expressamos,
Sempre que juntos, a emoção que partilhamos...
Nem a distância apaga a chama da paixão.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
DIA DE REFLEXÃO
(Horácio Xavier)
Lá se vai mais um tempo,
Mais um pouco,
Mais um dia fosco.
Lá se vai mais uma quimera,
Mais uma primavera,
Mais uma hora amarela.
Lá se vai mais um ano,
Mais um plano,
Mais um caminho insano.
A vida segue seu rumo
Meio sem jeito, meio sem chão,
Deixando cabelos brancos
E a certeza de não ter sido em vão.
(Horácio Xavier)
Lá se vai mais um tempo,
Mais um pouco,
Mais um dia fosco.
Lá se vai mais uma quimera,
Mais uma primavera,
Mais uma hora amarela.
Lá se vai mais um ano,
Mais um plano,
Mais um caminho insano.
A vida segue seu rumo
Meio sem jeito, meio sem chão,
Deixando cabelos brancos
E a certeza de não ter sido em vão.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
DESEJOS PROIBIDOS
(Joésio Menezes)
Era noite... crescente, a Lua sorria;
Versejavam os poetas apaixonados.
Em êxtase, a plateia os ouvia;
Ouvidos atentos, olhar encantado.
A cada verso de cada poesia,
Suspiros ecoavam por todo lado.
Mas eu suspirava em demasia
Por um vestido, no mínimo, ousado...
É difícil esquecer aquela cena:
O corpo escultural de uma morena
Emoldurado num pequeno vestido.
E por mais qu’eu lute, por mais qu’eu tente,
Não consigo evitar que a minha mente
Tenha desejos a mim proibidos.
(Joésio Menezes)
Era noite... crescente, a Lua sorria;
Versejavam os poetas apaixonados.
Em êxtase, a plateia os ouvia;
Ouvidos atentos, olhar encantado.
A cada verso de cada poesia,
Suspiros ecoavam por todo lado.
Mas eu suspirava em demasia
Por um vestido, no mínimo, ousado...
É difícil esquecer aquela cena:
O corpo escultural de uma morena
Emoldurado num pequeno vestido.
E por mais qu’eu lute, por mais qu’eu tente,
Não consigo evitar que a minha mente
Tenha desejos a mim proibidos.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
AMOR DEPOIS DO SEXO
(Rangel Alves da Costa)
Alguns fumam depois do sexo
outros dormem depois do prazer
muitos pagam depois do gozo
outros se perguntam depois
alguns se arrependem demais
certas pessoas querem mais
outras pessoas perguntam o nome
outros não sabem responder
eu apenas procuro amar
e amo depois do sexo
porque é este o momento
onde a nudez revela tudo
pois ao encobrir o corpo
a boca ficará fechada
os olhos verão o outro lado
e a cumplicidade do silêncio
nos fará desconhecidos
como se não houvesse
a vontade do beijo e do abraço
e da reflexão necessária
se deve haver manhã no amanhã.
(Rangel Alves da Costa)
Alguns fumam depois do sexo
outros dormem depois do prazer
muitos pagam depois do gozo
outros se perguntam depois
alguns se arrependem demais
certas pessoas querem mais
outras pessoas perguntam o nome
outros não sabem responder
eu apenas procuro amar
e amo depois do sexo
porque é este o momento
onde a nudez revela tudo
pois ao encobrir o corpo
a boca ficará fechada
os olhos verão o outro lado
e a cumplicidade do silêncio
nos fará desconhecidos
como se não houvesse
a vontade do beijo e do abraço
e da reflexão necessária
se deve haver manhã no amanhã.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
O APELO SÔFREGO DO TEU CORPO
(Rachel Alves, KeKa)
Trêmula com meu corpo nu,
Sinto o apelo sôfrego
Do teu corpo ardente...
O desejo toma conta do seu ser!
Tempestade de volúpias
A te enlouquecer...
Sua boca quente,
Sua vontade ardente a crepitar...
E no limiar da excitação,
Nossos corpos se unem
Como ímãs
Num frenesi desenfreado.
E ávidos de amor
Nos entregamos sem pudores.
Somos fornalhas a incendiar,
E arfantes nos amamos
Sem parar!
(Rachel Alves, KeKa)
Trêmula com meu corpo nu,
Sinto o apelo sôfrego
Do teu corpo ardente...
O desejo toma conta do seu ser!
Tempestade de volúpias
A te enlouquecer...
Sua boca quente,
Sua vontade ardente a crepitar...
E no limiar da excitação,
Nossos corpos se unem
Como ímãs
Num frenesi desenfreado.
E ávidos de amor
Nos entregamos sem pudores.
Somos fornalhas a incendiar,
E arfantes nos amamos
Sem parar!
sábado, 8 de janeiro de 2011
DE OLHO NA ESTRELA GUIA
(Sandra Fayad)
Abraços efusivos,
Sorrisos, alegria,
Fogos, muito brilho,
Encontros, emoções...
Glamour que se repete
Ou se cria
Simultaneamente,
Na festa de bilhões.
Há tantos que comemoram
Em perfeita sintonia.
Braços estendidos
Por todas as nações
Na data histórica,
Que assinala a travessia
Eleita pela cristandade
Para as suas relações.
Mando mensagens,
Atendo ligações,
Compro presentes,
Programo viagens,
Embarco na sinfonia
Dos bons remetentes.
Envio-te um abraço
Com muita euforia,
E desejo que dia-a-dia
Melhores teu cadastro,
Obtenhas vantagens
E sigas saudável
De olho no rastro
Da estrela guia.
(Sandra Fayad)
Abraços efusivos,
Sorrisos, alegria,
Fogos, muito brilho,
Encontros, emoções...
Glamour que se repete
Ou se cria
Simultaneamente,
Na festa de bilhões.
Há tantos que comemoram
Em perfeita sintonia.
Braços estendidos
Por todas as nações
Na data histórica,
Que assinala a travessia
Eleita pela cristandade
Para as suas relações.
Mando mensagens,
Atendo ligações,
Compro presentes,
Programo viagens,
Embarco na sinfonia
Dos bons remetentes.
Envio-te um abraço
Com muita euforia,
E desejo que dia-a-dia
Melhores teu cadastro,
Obtenhas vantagens
E sigas saudável
De olho no rastro
Da estrela guia.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
AO BRAÇO DO MESMO MENINO JESUS QUANDO APARECEU
(Grégorio de Matos)
O todo sem parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo
Em todo sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda parte,
Em qualquer parte sempre fica todo.
O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.
Não se sabendo parte deste todo,
Um braço que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.
(Grégorio de Matos)
O todo sem parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo
Em todo sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda parte,
Em qualquer parte sempre fica todo.
O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.
Não se sabendo parte deste todo,
Um braço que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
SOLITÁRIO
(Augusto do Anjos)
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele, --
Velho caixão a carregar destroços --
Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
(Augusto do Anjos)
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele, --
Velho caixão a carregar destroços --
Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
POEMA ABANDONADO
(Júlio César Costa)
Um poema abandonado
Numa página qualquer
Nunca d´ antes então lembrado
Como um velho bem-me-quer.
Um poema enclausurado
Em sua linha diacrônica.
Tanto tempo ali parado,
Sua cegueira já é crônica.
Rasgue o lacre, grite o verso
Que o poema transcendeu.
Esse sonho é tão perverso...
Foi você quem concebeu
Malfadado beijo inverso,
O poema aconteceu.
(Júlio César Costa)
Um poema abandonado
Numa página qualquer
Nunca d´ antes então lembrado
Como um velho bem-me-quer.
Um poema enclausurado
Em sua linha diacrônica.
Tanto tempo ali parado,
Sua cegueira já é crônica.
Rasgue o lacre, grite o verso
Que o poema transcendeu.
Esse sonho é tão perverso...
Foi você quem concebeu
Malfadado beijo inverso,
O poema aconteceu.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
O MAIOR DOADOR
(Francisco Durães)
O maior doador foi Jesus Cristo,
Que deu seu sangue à humanidade
Num exemplo de amor e caridade
Que neste mundo jamais foi visto.
Como cristão, nesta dádiva insisto,
Pensando naquele que em sua humildade,
Sem merecermos, cheios de maudade,
Por nós morreu na cruz, seja bendito!...
Com sua ação lavou nossos pecados,
Na nossa, damos aos necessitados
O que nos sobra em saúde, força e vigor.
Felizes aqueles que, pela vida afora,
Abraçaram esta missão em santa hora,
Salvando irmãos, com as bênçãos do senhor.
(Francisco Durães)
O maior doador foi Jesus Cristo,
Que deu seu sangue à humanidade
Num exemplo de amor e caridade
Que neste mundo jamais foi visto.
Como cristão, nesta dádiva insisto,
Pensando naquele que em sua humildade,
Sem merecermos, cheios de maudade,
Por nós morreu na cruz, seja bendito!...
Com sua ação lavou nossos pecados,
Na nossa, damos aos necessitados
O que nos sobra em saúde, força e vigor.
Felizes aqueles que, pela vida afora,
Abraçaram esta missão em santa hora,
Salvando irmãos, com as bênçãos do senhor.
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